sexta-feira, 4 de julho de 2014
cabeça trivúlsica
Frei António-José de Almeida OP
convencionou apelidar de ‘trivúlsica’ a uma figura que apresenta uma cabeça com três rostos (um de frente e os
outros dois de perfil). Este autor apelida de
'trivúlsicas' as figuras trifaciais com apenas um par de olhos visível.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Trinité trifaciale avec scutum fidei et tétramorphe
Handcolored woodcut, ca. 1500, origin unknown
En ce moment, je développe un programme de recherche de post-doctorat sur le thème de «La représentation de Dieu un et trine», grâce à une bourse accordée par la Fundação para a Ciência e a Tecnologia à cet effet.
J’ai fait connaître, dans l’article que j’ai écrit pour les Actes du IV Congreso Internacional del Císter en Portugal y Galicia, qui s'est tenu à Braga et à Oseira les 1, 2 et 3 Octobre 2009, la découverte du premier estampage trouvé jusqu’à ce jour d’une gravure en taille d’épargne représentant une Trinité trifaciale avec le scutum fidei, encadrée par le tétramorphe. Celle-ci figure dans un livre écrit par Andrés de ELI, avec le titre Tesoro de la Pasión, imprimé à Saragosse, par Paulo Hurus, en 1494 (fig. 23a) (88x66 mm.) (http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/ampage?collId=rbc3&fileName=rbc0001_2004rosen0582page.db&recNum=12) [Fr. António-José D'ALMEIDA, O.P. - "A Paixão do Monotessaron de Gerson, traduzida pelo cisterciense Fr. Gauberto de Vaga. Sua ilustração em La Pasión de Cristo da British Library (1493?)". In Actas IV Congreso Internacional Císter en Portugal y en Galicia: Los Caminos de Santiago y la Vidas Monástica Cisterciense. Braga-Oseira 2009, 2 tomes (ISBN 978-84-616-1761-2) . Tome II (ISBN 978-84-616-1760-5), p. 686, spéc. note 49. Fig. 15, p. 691 ].
Cette gravure sera estampée à nouveau (fig. 23b), lors que l’atelier était dirigé par Jorge Coci, à la 1ère édition, en 1516, du Flos Sanctorum renaissant1 (Fr. Gonzalo de OCAÑA, O.S.H., La vida y pasión de nuestro señor Jesu Cristo, y las historias de las festividades de su santísima madre con las de los santos apóstoles, mártires, confesores, y vérgines, Zaragoza, Jorge Coci, le 26 Avril 1516, [I], f. 90 a),
mais elle sera remplacée par une autre (fig. 26) à la 2ème édition de ce livre, en 1521 (Fr. Pedro de la VEGA O.S.H., Flos sanctorum, Zaragoza, Jorge Coci, le 25 Sept. 1521 (Ière partie), f. 109), laquelle sera réimprimée ensuite dans toutes les éditions saragossanes de cette œuvre, tout au moins jusqu’à l’édition de 1548, cette dernière estampe de dimensions bien plus réduites (63x41 mm.).
Cependant, dans l’édition que Juan Cromberger imprime à Séville, en 1540, de ce Flos Sanctorum renaissant, intitulée Libro que es llamado vida de Jesu christo y de sus sanctos et attribuée à Fr. Pedro de la VEGA, O.S.H., figure au f. 134 a l’estampe d’une gravure en taille d’épargne (fig. 24) représentant ce thème, laquelle est une copie très fidèle (de mêmes dimensions, 88x66 mm.) de la dite estampe présente pour la 1ère fois dans l’atelier de Paulo Hurus en 1494 (fig. 23a). Ce qui est très naturel, face aux relations que j’ai découvertes avec les xylogravures taillées à Saragosse dans l’atelier établi dans cette ville par Paulo Hurus.
Dans la 1ère édition de la Ière Partie du Flos Sanctorum de Alonso de Villegas, imprimée à Saragosse, par Simón de Portinariis, en 1585, il y aura l'estampe d'une gravure en taille d’épargne (fig. 25) copiée également de celle qui avait été imprimée à l’atelier saragossan depuis Paulo Hurus en 1494 à 1516, déjà par Jorge Coci, mais avec des dimensions un tout petit peu plus réduites (82x61).
140 C’est ainsi que José ARAGÜÉS ALDAZ désigne les Flores Sactorum compilés par les moines hiéronimites Fr. Gonzalo de Ocaña et Fr. Pedro de la Vega, dans «Tendencias y realizaciones en el campo de la Hagiografía en España (com algunos datos para el estudio de los legendarios hispánicos)», in Actas de XVIII Congreso de la Asociación de Archiveros de la Iglesia de España, (Orense, del 9 al 13 de septiembre e 2002), éd. Agustín HEVIA BALLINA, Oviedo, Asociación de Archiveros de la Iglesia en España, vol. I – Memoria Eccesiae, XXIV (2004), 441-560; et dans «Para el estudio del Flos Sanctorum Renascentista (I): la conformación de un género», in Homenaje a Henri Guerrero. La hagiogafía entre historia y literatura en la España de la Edad Media y el Siglo de Oro, éd. M. VITSE, Madrid, Iberoamericana, 2005, 97-147.
Modifié le 16 Déc. 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Trifacial com scutum fidei e tetramorfo - 3
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--> Diapositivo 29 -->
Extrato, reorganizado, de: Fr. António-José de Almeida, O.P., "Vidas e ilustrações de Santas penitentes desnudas, no deserto e em peregrinação, no Flos Sanctorum de 1513", in Via Spiritus nº 16 (2009) ( http://www.youblisher.com/p/61979-Via-Spiritus-n-16/) , p. 149. Figs. na p. 157.
Postagem modificada em 16-12-2010
Desenvolvo atualmente um programa de investigação de pós-doutoramento subordinado ao tema «A representação de Deus uno e trino», mercê de uma bolsa concedida para o efeito pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
No meu artigo para as Actas do IV Congresso Internacional de Cister em Portugal e na Galiza, realizado em Braga e Oseira nos dias 1, 2 e 3 de Outubro de 2009, dei a conhecer a descoberta da primeira estampagem até hoje encontrada de uma entalhadura representando uma Trindade trifacial com scutum fidei rodeada pelo tetramorfo. Ela figura no livro da autoria de Andrés de ELI, intitulado Tesoro de la Pasión, impresso em Saragoça, por Paulo Hurus, em 1494 (fig. 23a) (88x66 mm.) (http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/ampage?collId=rbc3&fileName=rbc0001_2004rosen0582page.db&recNum=12). Essa entalhadura será reestampada (fig. 23b), quando a oficina já está dirigida por Jorge Coci, na 1ª edição, em 1516, do Flos Sanctorum renascentista1 (Fr. Gonzalo de OCAÑA, O.S.H., La vida y pasión de nuestro señor Jesu Cristo, y las historias de las festividades de su santísima madre con las de los santos apóstoles, mártires, confesores, y vérgines, Zaragoza, Jorge Coci, 26 Abril 1516, [I], f. 90 a),
mas será substituída por outra (fig. 26) na 2ª edição desse livro, em 1521 (Fr. Pedro de la VEGA O.S.H., Flos sanctorum, Zaragoza, Jorge Coci, 25 Set. 1521 (Iª parte), f. 109), a qual será depois reimpressa em todas as edições saragoçanas desta obra, pelo menos até à edição de 1548, estampa esta de dimensões bastante mais pequenas (63x41 mm.).
Contudo, na edição que deste Flos Sanctorum renascentista se faz em Sevilha, na oficina de Juan Cromberger, em 1540, intitulada Libro que es llamado vida de Jesu christo y de sus sanctos, e atribuída a Fr. Pedro de la VEGA, O.S.H., no f. 134 a figura a estampagem de uma entalhadura (fig. 24) representando este tema, que é cópia muito fiel (das mesmas dimensões, 88x66 mm.) da referida estampa aparecida pela 1ª vez na oficina de Paulo Hurus em 1494 (fig. 23a). O que é natural, dadas as relações que descobri com as xilogravuras entalhadas em Saragoça na oficina aí estabelecida por Paulo Hurus.
Na 1ª edição da Iª Parte do Flos Sanctorum de Alonso de Villegas, impressa em Saragoça, por Simón de Portinariis, em 1585,será estampada uma entalhadura (fig. 25) igualmente copiada da que foi impressa na oficina saragoçana desde Paulo Hurus em 1494 a 1516, já por Jorge Coci, mas de dimensões um tudo nada mais pequenas (82x61).
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140 Assim designa José ARAGÜÉS ALDAZ os Flores Sactorum compilados pelos monges Jerónimos Fr. Gonzalo de Ocaña e Fr. Pedro de la Vega, em "Tendencias y realizaciones en el campo de la Hagiografía en España (com algunos datos para el estudio de los legendarios hispánicos)", in Actas de XVIII Congreso de la Asociación de Archiveros de la Iglesia de España, (Orense, del 9 al 13 de septiembre e 2002), ed. Agustín HEVIA BALLINA, Oviedo, Asociación de Archiveros de la Iglesia en España, vol. I – Memoria Eccesiae, XXIV (2004), 441-560; e em "Para el estudio del Flos Sanctorum Renascentista (I): la conformación de un género", in Homenaje a Henri Guerrero. La hagiogafía entre historia y literatura en la España de la Edad Media y el Siglo de Oro, ed. M. VITSE, Madrid, Iberoamericana, 2005, 97-147.
Extrato, reorganizado, de: Fr. António-José de Almeida, O.P., "Vidas e ilustrações de Santas penitentes desnudas, no deserto e em peregrinação, no Flos Sanctorum de 1513", in Via Spiritus nº 16 (2009)
Postagem modificada em 16-12-2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Trifacial com scutum fidei e tetramorfo - 2
Handcolored woodcut, ca. 1500, origin unknown
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Trifacial com scutum fidei e tetramorfo - 1
-->Thesoro dela Passion sacratissima de Nuestro Redemptor, fól. IIII v. ( -->http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/ampage?collId=rbc3&fileName=rbc0001_2004rosen0582page.db&recNum=12)
No meu artigo para as Atas do IV Congresso Internacional de Cister em Portugal e na Galiza, realizado em Braga e Oseira nos dias 1, 2 e 3 de Outubro de 2009, dei a conhecer a descoberta da primeira estampagem até hoje encontrada de uma entalhadura representando uma Trindade trifacial com scutum fidei rodeada pelo tetramorfo. Ela figura no livro da autoria de Andrés de ELI, intitulado Tesoro de la Pasión, impresso em Saragoça, por Paulo Hurus, em 2 Out. 1494 (88x66 mm.).
Fr. António-José D'ALMEIDA, O.P. - "A Paixão do Monotessaron de Gerson, traduzida pelo cisterciense Fr. Gauberto de Vaga. Sua ilustração em La Pasión de Cristo da British Library (1493?)". In Actas IV Congreso Internacional Císter en Portugal y en Galicia: Los Caminos de Santiago y la Vidas Monástica Cisterciense. Braga-Oseira 2009, 2 tomos (ISBN 978-84-616-1761-2) . Tomo II (ISBN 978-84-616-1760-5), p. 686, esp. nota 49. Fig. 15, p. 691.
domingo, 30 de maio de 2010
Trono da Graça (Gnadenstuhl) cruciforme
"Deus amou de tal modo o mundo que entregou o Seu Filho."
.
Evangelho segundo S. João 3, 16
«Os mais antigos exemplos conhecidos [deste tipo de representação do mistério da Santíssima Trindad] devem datar de finais do século XI e inícios do século XII.
Segundo investigações relativamente recentes, encontrou-se em Inglaterra este tema representado numa pintura mural na Saint Mary’s Church, em Houghton-on-the-Hill (Norfolk, a 4 milhas de Swaffham), datada de ca. 1090. (
-->http://www.saintmaryschurch.org.uk/image.asp?ImgId=17) A confirmar-se esta data, seria este o mais antigo exemplo de uma representação deste tipo. Os outros exemplos, encontrados em livros manuscritos, foram datados dos inícios do século XII.
Tentarei propor, de forma muito breve, uma hipótese que explica o surgimento deste tipo iconográfico, partindo do exemplar inglês. Trata-se de uma explicação muito pessoal, diferente da habitualmente proposta.
Esta primeira representação do tipo chamado Gnadenstuhl parece-me estar relacionada com a liturgia do Domingo de Ramos. Na Inglaterra, antes de la reforma dos Tudor, venerava-se de forma solene, neste dia, a cruz do Rood-screen. Esta estava por vezes pintada no arco triunfal da igreja, como é o caso da igreja [St Agnes] de Cawston também em Norfolk. O véu, que cobria a cruz desde o princípio da Quaresma, era afastado por meio de roldanas e toda a paróquia se ajoelhava, enquanto se cantava o hino “Ave Rex Noster”, onde se dizia: “Em verdade tu és a vítima salvadora que o Pai enviou ao mundo”. Parece-me estar aqui a origem desta representação, a qual pode derivar do ponto de vista formal da representação do tipo Paternitas, tal como se pode ver numa iluminura do Saltério anglo-saxão, Códex Harley 603, da British Library, do século X-XI , na qual o Pai abraça o Filho, representado como Menino. Esta iluminura tem muitas afinidades estilísticas com o nosso fresco de Houghton-on-the-Hill. Mas mais próximas do tipo Trono de Graça são as Paternitas esculpidas nos pórticos espanhóis, uma vez que nelas o Menino tem os braços abertos em forma de cruz.
Na plataforma do Rood-screen costumava cantar-se no Domingo de Ramos o evangelho da Paixão, precisamente por baixo da cruz. Não é de admirar, por isso, se o mesmo tipo de representação da Trindade aparece num Evangeliário, conservado na Bibliothèque municipale de Perpignan, na Catalunha francesa, com desenhos de página inteira. Este Evangeliario deve provir da abadia de S. Miguel de Cuixà. A referida imagem encontra-se no verso de um fólio em cujo lado recto está representada uma Majestas Domini.
A representação mais antiga deste tipo iconográfico em Portugal, que é o mais difundido, é uma escultura em pedra de Ançã, do século XIV, proveniente do Convento dos Frades Pregadores (dominicanos) de Évora, actualmente no Museu de Évora, Inv. 1737 (138 x 42 x 33 cm.). De notar a pequena dimensão das figuras tanto da pomba como do crucificado.
( -->http://triunitas.blogspot.com/2007/11/vora-dominicanos.html)»
Extracto traduzido (com actualização) de: Fr. António-José de Almeida OP - "Imágenes de Dios: La representación de la Santísima Trinidad en libros impresos en Portugal en el siglo XVI", in Estudios Trinitarios, Salamanca, ISSN 0210-0363, vol. 42 (2008), nº 3, pp. 396-399.
Última modificação desta postagem em: 5/9/2010
domingo, 26 de julho de 2009
Quicumque vult
também conhecido com Símbolo Atanasiano,
composto nos últimos decénios do século V ou no máximo nos primeiros anos do séc. VI,
por S. Vicente de Lérins ou um seu discípulo.
1. Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est ut teneat catholicam fidem:
2. quam nisi quis integram inviolatamque servaverit, absque dubio in aeternum peribit.
3. Fides autem catholica haec est, ut unum deum in trinitate et trinitatem in unitate veneremur,
(...)
composto nos últimos decénios do século V ou no máximo nos primeiros anos do séc. VI,
por S. Vicente de Lérins ou um seu discípulo.
1. Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est ut teneat catholicam fidem:
2. quam nisi quis integram inviolatamque servaverit, absque dubio in aeternum peribit.
3. Fides autem catholica haec est, ut unum deum in trinitate et trinitatem in unitate veneremur,
(...)
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